- -10%
Epistolário Magno de Luís de Camões, VOL. I – Celestina em Lisboa [Edição crítica, analítica e comentada]
Autores Luís Vaz de Camões, Felipe de Saavedra
Revisão científica José Camões, Maria do Céu Fraga
Revisão de texto Conceição Candeias
Grafismo e paginação José Espadinha
Edição Joana Morão
Editora Canto Redondo
Colecção Epistolários, 2
ISBN 9789895427499
1.ª ed., Julho 2022
Capa mole com badanas, 306 páginas, 180x200mm
OFERTA DOS PORTES
VOL. 1 CELESTINA EM LISBOA – UMA CARTA DE CAMÕES OCULTA POR 470 ANOS
A presente publicação do Epistolário Magno de Luís de Camões, em edição crítica, analítica e exegética, fundamenta-se na escrupulosa releitura das mais antigas fontes manuscritas e impressas, elevando o estudo da epistolografia clássica portuguesa a um novo patamar de exigência científica.
Esta obra em cinco volumes inicia-se com uma missiva votada ao ostracismo desde 1925. Adicionar quase mil e quinhentas palavras ao corpus camoniano é um feito a que desde há muito não se assistia. E não são meramente mais palavras, e sim uma colorida evocação de Celestina, a alcoviteira nascida da pena de Fernando de Rojas em 1499, que aqui revive na Madama del Puerto, a alcouceira que retorna a Lisboa após ter sido açoutada e banida da cidade.
Nesta extensa crónica das desvivências do submundo de Lisboa, iniciada pela proposição Por q̃ nẽ tudo seja falaruos de siso, Camões denuncia os engodos das toleradas para espoliaram do seu pré os jovens ceitis — mancebos conscritos para a praça militar de Ceuta — e também como as compradiças propagavam a pandemia de sífilis que assolava a Europa. O relato é rematado com a descrição de uma charanga carnavalesca que, às primeiras horas da madrugada, parte do porto de Lisboa rumo aos jardins de Horta Navia, em Alcântara, onde se celebrará um festival báquico.
Enquanto obra destinada tanto a uma audiência académica quanto a um público interessado, este estudo da carta Celestina em Lisboa concilia a erudição filológica, o rigor histórico e a mestria hermenêutica, com um tom ocasionalmente mais jocoso, entremetendo também algum latinzinho para aceder às propostas do próprio Camões.
--
LUÍS VAZ DE CAMÕES, cavaleiro fidalgo da Casa Real, serviu a Coroa portuguesa em armas nas praças de África e nas Conquistas da Ásia. Foi provedor da administração visoreinal nas partes da China, e indigitado para feitor de Chaul, na Província do Norte do Estado da Índia.
Trovador, comediógrafo e epistológrafo, ascendeu a poeta estipendiário na Corte após a publicação de Os Lusíadas, em 12 de março de 1572. Mais do que a sua restante obra, são as cartas de Camões que revelam a dimensão vital e anímica do homem, do pensador e do escritor, além de facultarem o esclarecimento de matérias biográficas que a crítica tradicional não dilucidou satisfatoriamente.
FELIPE DE SAAVEDRA é Doutor em História pela Universidad Autónoma de Madrid, em Filosofia da Educação pela University of Canterbury, e em Estudos Portugueses pela Universidade Nova de Lisboa.
--
EPISTOLÁRIO MAGNO DE LUÍS DE CAMÕES – 5 volumes
VOL. 1 CELESTINA EM LISBOA
CARTA VI — Por q̃ nẽ tudo seja falaruos de siso
VOL. 2 QUẼ TERA TÃ LIVRE O PENSAMENTO?
CARTA I — Huã de v m me deraõ tam guastada
CARTA II — Quem pode ser no mundo tã quieto
CARTA III — Aquella cuio peito em flama ardido
CARTA IV — Por usar costume antigo
VOL. 3 VISITAÇÃO AOS PAÇOS DE VÉNUS
CARTA V — Mandarame que lh’escreuesse
CARTA VII — Huã vossa me deraõ a qual pello descostume
CARTA VIII — Quanto mais tarde vos escreuo
VOL. 4 CÀ, & LÂ MÀS FADAS HA
(LETRAS DA ÍNDIA)
CARTA IX — Deſejei tanto hũa voſſa
SÁTIRA I — Eſte mundo es el camino
SÁTIRA II — E hũ q̃ bebia exceßiuamente
CARTA X — Esta uai com a candeia na maõ
CARTA XI — Aquelle vnico exemplo
VOL. 5 HORA TEMPERAIME LA ESSA GUAITA
CARTA XII — Quem ouuiu dizer nunca
Cartas perdidas
Receção crítica
--
A COLEÇÃO EPISTOLÁRIOS pretende reunir missivas de todas as épocas e culturas, exaradas num registo de destinação particular muito diverso daquele empregue em textos públicos.
À aparente efemeridade da carta contrapõe-se a intemporalidade da sua modulação intimista, como testemunho da dimensão mais imediata da natureza humana.